versão nina

tinha uma época em que as pessoas me perguntavam quando eu teria filhos. a pergunta é muito deselegante. mas eu acho que a motivação do questionamento vinha do fato de que os meus irmãos foram pais cedo.

meu sobrinho mais velho, o lucas, nasceu quando eu tinha 15 anos. com diferença de 6 anos entre eu e a minha irmã (tempo pra letrada fazer as contas......), ele nasceu quando a mãe dele tinha 21. lucas* é brasiliense (como eu), adora desenhos (como eu) e é provido de covinhas (como eu). ele foi o módulo 1 do meu "curso prático de mãe", já que ajudei a criá-lo e, durante um tempo, morei com ele. até completar um ano, o luquinhas me chamava de mãe. depois, ele encasquetou que eu era a nina dele e pronto. ser tia pra mim é ser nina.

o segundo sobrinho, o eduardo**, nasceu um ano depois. a mãe do dudu tinha exatamente 21 anos quando ele veio ao mundo. filho do meu irmão, o dudu é portoalegrense, adora bacugã (se é assim mesmo que se escreve) e é colorado doente.

a caçulinha e única menina nesse meio é a gabriela. irmã do dudu, a gabriela*** adora gatos, maquiagem, princesas e dizem que ela é muito parecida comigo quando eu era infante.

para todos eles eu sou a nina; não a tia hires ou a tia ziza (explico esse apelido um dia, sei lá), sou a nina.

eu entendo que as pessoas perguntem quando eu vou ter filhos. já passei dos 21 há 4 anos e até agora ninguém viu nada. e eu fico pensando: depois de ajudar a criar 3, por que vou inventar de ter um bebê que eu nem posso devolver pra mãe quando terminar de brincar?

* lucas fará 10 anos em março de 2010. mora em são paulo, quer ser guitarrista quando crescer e arrasa, por enquanto, no guitar hero.

** eduardo fará 9 anos em abril de 2010. mora em porto alegre, quer ser médico como o pai, mas, por enquanto, só trata mesmo é dos bacugãs (será que é assim mesmo??) feridos em batalha.

*** gabriela fará 7 anos em julho de 2010. mora em porto alegre com o mano, quer ser socialite quando crescer e eu tenho muito medo de que ela vire uma versão da nina dela.

(só pra constar o sentimentalismo besta, esse post é claramente uma homenagem a esses pestinhas que me pentelharam o dia inteiro, mas que podem pisar de salto alto no meu coração - desculpa aí o clichê!)