domingo, 22 de outubro de 2006

Enquanto aperto novo adversário
E encontro alguém que aparece na minha janela pra jogar gamão,
Lá do outro lado ele ri das minhas besteiras
Do meu choro desmotivadamente imbecil
Da minha falta d’água
Da agonia, da minha unha roída não pintada
Tudo isso ele, meu novo adversário, percebe na carinha que eu mando
Com sorriso amarelo
Olhos vidrados
Cara de gente que não sabe o que faz da vida
E, daí, não faz nada mesmo!
achei um fio de cabelo teu na minha perna hoje à tarde

tu tinha acabado de levantar do sofá

e eu me vi sozinha, só com aquele fio de cabelo

imediatamente, aproximei o fio ao nariz

e não consegui sentir teu cheiro

decidi, então, que aquele fio podia ser teu

mas não era bom representante do todo...