quarta-feira, 29 de abril de 2009

por que ter amigos? - parte 2

vivi diz:
PORRA

vivi diz:
nao me pergunte isso de novo

hires - working diz:
HAHAHAHAHA

hires - working diz:
se bem que tu me ama

hires - working diz:
não iria dizer não

hires - working diz:
hehehehehe

vivi diz:
mas meu senso crítico é inabalável


(amigas escorpianas são o que há! te amo de novo, lôra goXtosa!)

que livro sou eu?

depois de ler o post da mari (aquiiiiii), decidi ver que raio de livro sou eu...

então, queridos amigos, a hires é:

"Morte e vida severina", de João Cabral de Melo Neto

Às vezes você tem uma séria vontade de estapear as pessoas, só para fazê-las acordarem e perceberem as injustiças deste mundo. Como podem viver em seus mundinhos banais, quando há quem passe fome e totalmente à margem de qualquer conforto ou assistência? Esta talvez seja a sua maior revolta. Por isso, você tenta fazer a sua parte. Talvez por meio de um trabalho voluntário, participando de movimentos populares ou somente se exaltando em rodas de amigos menos engajados. De qualquer maneira, você consegue de fato comover pessoas com seu discurso apaixonado e, ao mesmo tempo, baseado numa lógica de compaixão e igualdade que ninguém pode negar.

Essa missão é mais do que cumprida pelo belo "Morte e vida severina" (1966), poema dramático escrito pelo pernambucano Melo Neto que se tornou símbolo para uma geração em conflito com as consequências sociais geradas pelo capitalismo selvagem.



minha missão: ser professorinha, claro!

terça-feira, 28 de abril de 2009

a caminho de casa...

passo por uma placa que diz:

festa de aniversário do bar
sorteio de sexo ao vivo

muitas perguntas:

a) o sorteio é ao vivo ou o sexo é ao vivo?

b) partindo do pressuposto de que o sexo é ao vivo, como se sortearia um sexo ao vivo?

tipo:

sorteiam um nome!

fulano(a) fará sexo com..... (suspense pra tirar nome da urna)
BELTRANO (A)

se alguém for no tal aniversário, me conta, ok?

notas aleatórias sobre educação - parte 4

a gente sabe

que é a professora estranha

quando as colegas olham pra ti e dizem:

- mas tu é a cara da cidade baixa, né?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

álvaro de campos

Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.


(porque é bom redescobrir coisas pra mostrar a quem se gosta)

domingo, 26 de abril de 2009

drummond

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

eu não devia te dizer...

... mas essa vida

mas esse suco de pera

botam a gente melancólico como o diabo!