estava eu ontem à tarde no metrô de são paulo. eu adoro andar de metrô em são paulo. até prefiro fazer o caminho maior e pegar metrô do que ir de ônibus.
enfim, estava eu no metrô de são paulo.
lá pelas tantas entra um gatinho-paulista. mas um gatinho-todo-gatinho. bem vestido. cabelo bem cortado. rosto bem proporcional. lindos olhos. um gatinho-bem-gatinho.
olhei, mas fiquei na minha.
o gatinho aparentemente descobriu que eu era interessante (talvez me imaginou falando sobre filosofia da linguagem à meia luz) e resolveu me paquerar.
foram, então, minutos de paquera bem feita. daquelas que se olha, cruza o olhar, finge que não tá olhando só pra cruzar o olhar de novo.
toca, então, o celular do gatinho-bem-gatinho. o lindinho-mais-que-bonito atende.
[pausa dramática]
ele, enquanto fala no celular, faz um gesto que acabou com toda a paquera (não que a paquera fosse dar em alguma coisa e que fôssemos casar e ter "cinco lindos cachorrinhos", mas...). enquanto fala no celular, gatinho-bem-lindinho utiliza do mindinho da mão no celular para cutucar sua narina. ou seja, tirar tatu do cérebro
sim, queridos dois leitores e um quarto! do que adianta aquele corpinho, aquele corte de cabelo, aqueles olhinhos lindos de morrer, aqueles reais gastos em roupinhas com caimento perfeito, se a criatura não tem nenhuma educação?????
então, vai uma lição-mino de graça hoje:
não adianta ser o gatinho-mais-interessante-da-paróquia se a senhora sua mãe não te deu educação...
ou, traduzindo,
vê onde põe o dedo, honey!
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