o bom do fim de ano é que acaba logo, regado a clericor, recheado com farofa e guarnição de tender...
2 comentários:
Anônimo
disse...
Rechear o glu-glu com farofa é uma grande imbecilidade culinária. A carne do bicho tem grande tendência a se ressecar quando assada. Encher ele de farofa, condimento muitíssimo absorvente, equivale a entupir a tralha com talco. O melhor é criar recheios que hidratem a carne do peru. Tomates e vegetais afins são uma escolha decente. Porém, eu sempre acho que o melhor é tomar muita cerveja na véspera da véspera e, no ato do preparo, fazer o seguinte:
1. Pôr o peru como que sentado, com o orifício (outrora base do pescoço) por onde ele foi eviscerado voltado para o teto. Alguns tijolos devem bastar como alicerce para tal posição da ave morta. 2. Deve-se, logo de manhã, ingerir o conteúdo de uma garrafinha de leite de côco. 3. Esperar o leite de côco fazer efeito (é importante que se tenha ingerido ao menos 3 litros de cerveja na noite anterior, para que o tempero tenha o sabor certeiro). 4. Pedir desculpas ao vaso sanitário, que hoje será ignorado, mas por nobre causa. 5. Livrar-se das calças e qualquer outra vestimenta que cubra as zonas acanhadas/safadas do(a) cozinheiro(a). 6. Sentar-se sobre o peru, em posição transversal (se o peru estiver com o peito voltado para o norte, se deve sentar em direção ao leste ou oeste). Desta forma a depressão do orifício aconchegará o rêgo, as nádegas e o fiofó da maneira mais confortável. 7. Simular um parto, com os devidos esforços musculares. Caso o resultado do recheio for demasiado líquido ou cremoso, duas generosas colheres colheradas de maizena deverão resolver o problema.
Finalizado o processo, enfiar um abacate no buraco do peru, para que o recheio não vaze.
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Lânguida luz
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cada um com sua lânguida ...
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tirando o fato de que o título da postagem daria um ótimo samba...
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De escrever já estava cansado. Havia anos escrevia, escrevia, escrevia. A
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nascida em brasília. já perdeu parte de seu suco em porto alegre e perde mais um restinho em são paulo. filha de um piauiense e de uma gaúcha. seu destino, aparentemente, era mesmo ser sociolingüista variacionista ou interacional. era ser lingüista mesmo. sua birra é brincar de moda e bancar a fashionista. usa saias e nada mais. um dia pensa em crescer. mas só quando sapatos de coração e estojos rosas com borboletas não existirem mais.
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Rechear o glu-glu com farofa é uma grande imbecilidade culinária. A carne do bicho tem grande tendência a se ressecar quando assada. Encher ele de farofa, condimento muitíssimo absorvente, equivale a entupir a tralha com talco. O melhor é criar recheios que hidratem a carne do peru. Tomates e vegetais afins são uma escolha decente. Porém, eu sempre acho que o melhor é tomar muita cerveja na véspera da véspera e, no ato do preparo, fazer o seguinte:
1. Pôr o peru como que sentado, com o orifício (outrora base do pescoço) por onde ele foi eviscerado voltado para o teto. Alguns tijolos devem bastar como alicerce para tal posição da ave morta.
2. Deve-se, logo de manhã, ingerir o conteúdo de uma garrafinha de leite de côco.
3. Esperar o leite de côco fazer efeito (é importante que se tenha ingerido ao menos 3 litros de cerveja na noite anterior, para que o tempero tenha o sabor certeiro).
4. Pedir desculpas ao vaso sanitário, que hoje será ignorado, mas por nobre causa.
5. Livrar-se das calças e qualquer outra vestimenta que cubra as zonas acanhadas/safadas do(a) cozinheiro(a).
6. Sentar-se sobre o peru, em posição transversal (se o peru estiver com o peito voltado para o norte, se deve sentar em direção ao leste ou oeste). Desta forma a depressão do orifício aconchegará o rêgo, as nádegas e o fiofó da maneira mais confortável.
7. Simular um parto, com os devidos esforços musculares. Caso o resultado do recheio for demasiado líquido ou cremoso, duas generosas colheres colheradas de maizena deverão resolver o problema.
Finalizado o processo, enfiar um abacate no buraco do peru, para que o recheio não vaze.
Sirva enquanto as crianças cantam "Noite Feliz".
Feliz Natal
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