na verdade, muitas das lembranças de infância são no meio de nebulizações no hospital. depois que completei uns dez anos de idade, passou como por encanto. dizem as más ou boa línguas que a secura do ar da capital federal favorece o meu quadro. não tenho ataques lá. não fico com tosse. não tenho falta de ar. respiro naturalmente. nem parece que sofro de qualquer coisa.
quando me mudei para o sul do país, em janeiro de 2001, junto com o novo milênio, eis que me vejo sem ar de novo. e com um novo agravante: a falta de ar não vem quando corro, quando tem poeira ou qualquer coisa que me dá alergia. vem com o frio, com o vento, com algo gelado e com, pasmem, o ventilador no verão.
me vejo agora nesse calorão de quinze bilhões de graus e eu aqui sem poder ligar meu bom e velho ventiladorzinho que nem soprinho faz porque to quase morrendo.
não pude molhar meu biquininho na piscina porque to com asma.
e passei a tarde fazendo meu queridinho ex-aluno fabrício diel passar calor comigo e cuidar do nebulizador por causa da asma...
viver me tira o ar... eu bem poderia ficar sem ar por outras coisinhas, né? sem ar, com borboletinhas no estômago, olhinhos brilhando... não pela asma... por deus...